sábado, 23 de agosto de 2014

Chuva de meteoros de Agosto

 iota-aquarídeos austrais e delta-aquarídeos boreais: os dois radiantes, que se manifestam na constelação de Aquarius, podem ser vistos desde as 21 horas (a leste), até o amanhecer quando estão a oeste; por volta da 1h atingem a região mais alta do céu. São chuvas de pequena intensidade e com meteoros de fraco brilho. Os iota-aquarídeos austrais se manifestam desde 25 de julho até 15 de agosto, atingindo um máximo em 4 de agosto, quando exibem uma taxa horária de cerca de 15 meteoros. Já os delta-aquarídeos boreais mostram um máximo em 8 de agosto (taxa horária variável entre 4 e 10 meteoros), mas podem ser vistos desde 15 de julho até 25 de agosto. Estes meteoros estão associados ao Cometa 2P/Encke e são melhor observados no final da madrugada.

a Persêida (ou Perseídea) é uma clássica chuva  e seus meteoros podem ser observados desde 17 de julho até 25 de agosto, com um máximo que ocorre geralmente em 12 de agosto, quando se espera uma taxa horária em torno dos 50 meteoros. Em São Paulo, o radiante (ponto do céu de onde parecerão surgir os meteoros) surge a nordeste por volta das 2h e permanece visível até o amanhecer; em torno das 4h 45min encontra-se à meia-altura para os lados do norte. Devemos, então, concentrar nossas observações na madrugada de 12 de agosto (de 11 para 12 de agosto). Associados ao cometa 109P/Swift-Tuttle, os persêidas são rápidos, com traços finos, geralmente brancos, amarelos ou alaranjados, com vários bólidos que se fragmentam e explodem.

Kappa-Cygnídea: chuva de baixa intensidade, com período de ocorrência entre 3 e 25 de agosto, com um máximo no dia 17. Apresenta lentos meteoros visíveis no início da noite. A área do radiante (ponto do céu de onde parecerão provir os meteoros) eleva-se a nordeste em torno das 19h, cruza a região do meridiano celeste, para os lados do norte, por volta das 22h; pode ser observada até a 1h, quando se encontra a noroeste. Em poucas aparições dessa chuva, a taxa horária atingiu 20 meteoros mas, normalmente, são relatadas taxas menos otimistas em torno dos 5 meteoros por hora, de fraco brilho, de coloração branco-azulada, com eventuais fireballs bastante lentos.

Iota-Aquárida Boreal: apresenta meteoros de fraco brilho aparente, como quase todos os do complexo de radiantes de Aquarius, ativo no período de julho a agosto. Junto à data de máxima ocorrência (19 de agosto), a taxa horária é de cerca de 10 meteoros, mas alguns observadores são menos otimistas e relatam taxas próximas dos 3 meteoros. O período de observação dos meteoros estende-se desde 11 de agosto até 20 de setembro. Em meados de agosto, o radiante é visto desde o início da noite (a leste) até o amanhecer (a oeste); por volta das 23h 30min encontra-se na região mais alta do céu.

Alpha-Aurígida Boreal: chuva que se manifesta no período de 10 de agosto a 1 de outubro, com máxima ocorrência de meteoros em 28 de agosto. Os observadores relatam o surgimento de meteoros lentos e brilhantes e, ocasionalmente, fireballs. No final de agosto e início de setembro, o radiante é visto a partir das 3h e pode ser observado até o amanhecer. Descritos como meteoros lentos pelos habitantes do hemisfério norte onde o radiante é circumpolar, acreditamos que, nessas latitudes, eles sejam vistos mais no começo da noite. No Brasil, o radiante surge apenas na madrugada. No sul do país eleva-se pouco em relação ao horizonte norte dificultando as observações.

Fonte: http://ceuaustral.pro.br/chuvasmeteoros.htm
Elis Lopes!!!

Fique de olho nas chuvas de meteoros de 2014

A tabela abaixo apresenta todas as chuvas de meteoros do ano de 2014:
Obs: várias outras chuvas de meteoros deixaram de ser listadas porque ainda requer mais estudos sobre seus dados!

Chuvas MeteóricasDatasTaxaPosição do RadianteAstro Associado
NomeAbrev.MáximoDuraçãoTHZConst.ARDecCometa ou Asteróide
QuadrantídeasQUA03 Jan28 Dez - 07 Jan120Boo230°+45° 
Alfa-CentaurídeasACE08 Fev28 Jan - 21 Fev10Cen210°-59° 
Gama-NormídeasGNO13 Mar25 Fev - 22 Mar5Nor249°-51° 
LirídeasLYR22 Abr16 Abr - 25 Abr15Lyr271°+34°Thatcher C/1861 G1
Pi-PupídeasPPU23 Abr15 Abr - 28 Abrvar.Pup110°-45°26P/Grigg-Skjellerup
Eta-AquarídeasETA05 Mai21 Abr - 12 Mai50Aqr338°-01°1P/ Halley
LibrídeasLIB06 Mai01 Mai - 09 Mai4Lib223°-18° 
Delta-Aquarídeas AustraisSDA29 Jul14 Jul - 18 Ago15Aqr339°-17° 
Pisces-AustralídeasPAU30 Jul16 Jul - 13 Ago5PsA341°-30° 
Alfa-CapricornídeasCAP01 Ago03 Jul - 15 Ago8Cap307°-10°Honda-Mrkos-Pajdusakova
Iota-Aquarídeas AustraisSIA04 Ago25 Jul - 15 Ago5Aqr334°-15°2P/ Encke
Delta-Aquarídeas BoreaisNDA08 Ago15 Jul - 25 Ago5Aqr334°-05°2P/ Encke
PerseídeasPER12 Ago23 Jul - 22 Ago80Per47°+57°Swift-Tuttle 1862 III
Kappa-CignídeasKCG18 Ago03 Ago - 25 Ago5Cyg289°+55° 
Iota-Aquarídeas BoreaisNIA19 Ago11 Ago - 31 Ago5Aqr327-06° 
Alfa-AurigídeasAUR01 Set25 Ago - 05 Set10Aur84°+42°Kiess 1911 II
PiscídeasSPI19 Set01 Set - 30 Set5Psc05°-1° 
DraconídeasGIA08 Out06 Out - 10 Outvar.Dra262°+54°Giacobini-Zinner
OrionídeasORI21 Out15 Out - 29 Out20Ori95°+16°1P/ Halley
Taurídeas AustraisSTA05 Nov01 Out - 25 Nov7Tau52°+13°2P/ Encke
Taurídeas BoreaisNTA08 Nov01 Out - 25 Nov7Tau58°+22°2P/ Encke
LeonídeasLEO17 Nov14 Nov - 20 Nov100(var.)Leo153°+22°55P/ Temple-Tuttle
Alfa-MonocerotídeasAMO21 Nov15 Nov - 25 Novvar.Mon117°+01° 
FoenicídeasPHO05 Dez28 Nov - 09 Dez5Pho018°-53°Blanpain 1819 IV
Pupídeas-VelídiasPUP07 Dez01 Dez - 15 Dez10Vel123°-45° 
GeminídeasGEM14 Dez09 Dez - 19 Dez80Gem113°+32°3200 Phaeton (asteróide)
UrsídeasURS22 Dez17 Dez - 24 Dez10UMa217°+76°8/P Tuttle

Neste site acima você também encontra várias outras informações sobre chuvas de meteoros!!
Elis Lopes!!!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Calendário astronômico de Agosto e Setembro

Agosto:
Ago 01 - Pico da chuva de meteoros Alpha Capricornídeas
Ago 02 - Mercurio passa a 1.0 graus de Júpiter

Ago 03 - Começo da chuva de meteoros Kappa-Cignídeas
Ago 04 - Lua oculta Saturno
Ago 04 - Pico da chuva de meteoros iota-Aquarídeas Austrais
Ago 08 - Pico da chuva de meteoros Delta Aquarídeas Boreais
Ago 11 - Começo da chuva de meteoros iota-Aquarídeas Boreais
Ago 12 - Pico da chuva de Meteoros Perseídeas
Ago 13 - Fim da chuva de meteoros Pisces-Australídeas 
Ago 14 - Lua oculta Urano
Ago 15 - Fim da chuva de meteoros Alfa-Capricornídeas
Ago 15 - Fim da chuva de meteoros iota-Aquarídeas Austrais
Ago 17 - Equinócio de Outono em Marte
Ago 17 - Cometa 210P/Christensen no periélio (0.531 AU)

Ago 18 - Conjunção de Vênus e Júpiter 
Ago 18 - Fim da chuva de meteoros Delta Aquarídeas Austrais
Ago 18 - Pico da chuva de meteoros Kappa-Cignídeas
Ago 19 - Pico da chuva de meteoros iota-Aquarídeas Boreais
Ago 21 - Titã: Aproximação da Nave Cassini
Ago 22 - Fim da Chuva de meteoros Perseídeas
Ago 25 - Sonda New Horizons Cruza a órbita de Netuno
Ago 25 - Fim da chuva de meteoros Delta-Aquarídeas Boreais
Ago 25 - Fim da chuva de meteoros Kappa-Cignídeas
Ago 25 - Começo da chuva de meteoros Alfa-Aurigídeas
Ago 27 - Marte passa a 3.6 graus de Saturno
Ago 27 - Cometa c\2012 K1 PanSTARRS
Ago 29 - Netuno em oposição
Ago 31 - Lua oculta Saturno
Ago 31 - Fim da Chuva de meteoros iota-Aquarídeas Boreais

Setembro:
Set 01 - Pico da chuva de meteoros Alfa-Aurigídeas
Set 01 - Começo da chuva de meteoros Piscídeas
Set 05 - Fim da chuva de meteoros Alfa-Aurigídeas
Set 09 - Asteroide 2013 RZ53 em aproximação máxima da Terra (0.005 AU)
Set 11 - Lua oculta Urano
Set 16 - Asteroide 2009 RR em aproximação máxima da Terra(0.002 AU)

Set 19 - Pico da chuva de meteoros Piscídeas
Set 21 - Sonda MAVEN na órbita de inserção marciana
Set 21 - Mercurio em sua máxima elongação leste (26 graus)
Set 22 - Titã: Aproximação da Nave Cassini
Set 23 - Equinócio de Primavera, 02:29 UT
Set 24 - Inserção da sonda Mars Orbiter Mission (MOM)
Set 26 - Lua oculta Asteroide 21 Lutetia
Set 28 - Lua oculta Saturno
Set 28 - Lua oculta oculta Asteroide 1 Ceres
Set 28 - Lua oculta oculta Asteroide 4 Vesta

Set 28 - Cometa c\2013 V5 Oukaimeden
Set 30 - Lançamento Soyuz TMA-14M Soyuz FG (International Space Station 40S)
Set 30 - Fim da chuva de meteoros Piscídeas

Elis Lopes!!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Uma nova era de viagens espaciais vem chegando

Inventores criam motor que pode reduzir o tempo de uma viagem a Marte!!
Uma nova era das viagens espaciais pode estar em curso. Isso por conta de um motor experimental que abre a porta para viagens perpétuas pelo espaço que seriam alimentadas pelas estrelas. A ideia, aparentemente revolucionária, não é nova e tenta quebrar o ceticismo dos pesquisadores. A razão para desconfiança reside em um detalhe: seria preciso quebrar uma lei da física para que o motor, o EmDrive, cumpra as suas promessas.
A invenção usa eletricidade para gerar microondas, que, em seguida, circulam em um espaço fechado e geram o impulso. O dispositivo não precisa de propulsor, uma parte importante dos atuais mecanismos de viagem no espaço. A força gerada pelo motor não é particularmente forte, mas suas implicações são grandes. Vários experimentos independentes estão reproduzindo a capacidade do dispositivo para gerar impulso, com níveis variados de sucesso. Tudo isso é realizado com painéis que convertem energia solar em eletricidade e, em seguida, em impulso.
Os cientistas demoraram para receber o EmDrive com entusiasmo porque ele viola a lei da conservação do momento. De acordo com ela, não há como criar ou destruir o impulso - o impulso de dois objetos que colidem é igual a antes e depois do impacto. A viagem espacial depende deste princípio. Um motor de foguete típico utiliza um propulsor que cria uma explosão para gerar uma força oposta e, desta maneira, impulsiona as missões espacias humanas pelo espaço.
Neste sentido, o EmDrive parece ter encontrado uma brecha na lei. O invento é de Roger Shawyer e de sua empresa, a SPR Ltd. Ele vem trabalhando no projeto há mais de uma década. Apesar das críticas, ninguém provou, efetivamente, que sua ideia não funciona. O certo é que cientistas chineses e também a NASA estão trabalhando em projetos como o EmDrive. Caso dê certo, os satélites poderiam servir como uma aplicação da ideia, o que reduziria custos e dificuldades de funcionamento para fornecer impulso sustentável em missões no espaço profundo. Seguindo esta linha, é de se pensar que uma viagem a Marte poderia levar semanas em vez de meses.
Elis Lopes!!!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

De olho no Céu

A partir do dia 11 de Agosto (ontem) começou a colisão dos ventos de Eta Carinae, um espetáculo invisível a olho nu. Esta "etapa" vai do dia 11 (Agosto) até dia 30 (Setembro).
Saiba os detalhes do evento no poste "Eta Carinae".

Hoje (12 de Agosto) nos céus vamos ter a chuva de meteoros Perseids!! Pode ser visível a olho nu, se você olhar ao leste (aonde o Sol nasce) a partir da meia noite. Infelizmente o espetáculo não vai ter boa visibilidade no Brasil!!

Agora o próximo espetáculo vai ser no dia 14 (Agosto). Neste dia a Lua ocultará Urano!! 
Saiba os eventos do mês de Agosto no poste" Eventos astronômicos de Julho e Agosto".
Você também pode ficar de olho nos espetáculos do ano inteiro no poste "Revendo o nosso calendário astronômico de 2014". 

Elis Lopes!!!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Eta Carinae

A cada cincos anos aproximadamente, uma interessante combinação de fenômenos astrofísicos ocorre na constelação de Carina e por cerca de 90 dias uma de suas estrelas deixa de brilhar. E isso vai acontecer de novo.

O fenômeno, conhecido como "apagão de Eta Carinae" ocorre quando uma das estrelas do sistema binário, a menor e mais quente, penetra na atmosfera da companheira, maior e mais fria. O resultado é uma espécie de eclipse estelar de alta energia, que faz com que certas faixas do espectro eletromagnético, em especial os raios X, sejam bloqueados.
Isso começará a acontecer a partir de 23 de julho de 2014 e será acompanhado aqui da Terra.
Segundo o professor Augusto Damineli, pesquisador do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, o apagão não ocorre apenas em decorrência da passagem de Eta Carinae A na frente de Eta Carinae B, as duas estrelas envolvidas diretamente no processo.

Utilizando dados registrados em diversos telescópios da América do Sul durante o último apagão do objeto, Damineli e seu colega Mairan Teodoro concluíram que o evento é constituído de uma série de fenômenos distintos e entrelaçados.
"O apagão é a combinação da entrada de Eta B dentro do vento solar de eta A, somado ao eclipse propriamente dito e por fim do colapso da estrutura de colisão (choque) entre os ventos das estrelas", explicou Damineli.
Estrela Eta Carinae

O tempo estimado de duração do apagão é de cerca de 90 dias, sendo de 30 dias a fase do eclipse. O tempo restante pode ser creditado ao intrincado mecanismo associado ao colapso dos ventos estelares.

Como acontece o apagão de Eta Carinae
Para entender exatamente o que ocorre é necessário explicar que Eta Carinae é um sistema binário, composto de duas grandes estrelas que orbitam entre si. A principal e maior é Eta Carinae A, de aproximadamente 90 massas solares e a segunda é Eta Carinae-B, bem menor, com cerca de 36 massas solares e dez vezes menos brilhante.


Parte do fenômeno do apagão já era já razoavelmente conhecido e estudado - inclusive pelos próprios pesquisadores brasileiros - e é atribuído, como explicado, à passagem de Eta Carinae A na frente de Eta Carinae B. A outra parte do evento é entendida como a interação dos ventos das duas estrelas.
No entender dos cientistas, após o término do eclipse os dois objetos estarão se aproximando do ponto da menor distância entre eles, chamado periastro, que é da ordem de 230 milhões de quilômetros. Neste momento, os ventos de Eta Carinae A passam a dominar o sistema duplo e bloqueiam os ventos da estrela menor Eta Carinae B, soprando-os de volta à superfície.
Ocorre então o que é chamado de colapso da zona de colisão dos ventos estelares, que até aquele instante estavam em equilíbrio. Isso, segundo os pesquisadores, trás duas consequências imediatas: o bloqueio da emissão de raios-x que chegam à Terra e o mais interessante, promove emissão eletromagnética no comprimento do ultravioleta. Em outras palavras, em pleno apagão de raios-x ocorre um clarão em ultravioleta, fenômeno que nunca havia sido observado.

Linha espectral
Esse inesperado brilho no ultravioleta já havia sido registrado pelos brasileiros durante o último apagão da estrela, ocorrido em 2009 e detectado de forma indireta por meio do registro de uma fraca linha espectral de gás hélio duplamente ionizado, a Hell 4686 A. Essa linha, identificada em um equipamento chamado espectrógrafo, é uma espécie de assinatura característica da existência de uma fonte de raios ultravioleta naquela região.
“O sinal do hélio ionizado que vimos durante o apagão de 2009 é apenas 20% maior do que o limite capaz de ser medido por telescópios”, disse Damineli. Segundo ele, isso equivale ao brilho de 10 mil sóis no comprimento de onda do ultravioleta extremo.

Será visível?
Embora o bloqueio eletromagnético ocorra em uma ampla gama do espectro eletromagnético, a variabilidade luminosa no comprimento de onda da luz visível é pequena, por isso o fenômeno só foi descoberto em 1992, embora esta estrela é monitorada há mais de 200 anos.
A observação do apagão ganha seu esplendor quando observado no seguimento das altas energias e também nas linhas espectrais do helio duplamente ionizado e do helio uma vez ionizado, visível no espectro ótico.

Linha espectral Eta Carinae

Experimento
Um dos experimentos mais interessantes está sendo feito pelo astrônomo amador Rogério Marcon, a partir de seu observatório localizado em Campinas, SP e consiste em fazer uma imagem por dia de Eta Carinae através de um espectroscópio caseiro, construído por ele mesmo. Isso permitirá a Marcon confirmar as diversas fases do apagão através do desaparecimento da linha espectral de 6678 angstroms, relativa ao helio uma vez ionizado, situada na região do vermelho. Animando-se o gráfico será possível "ver" o início, meio e fim do apagão.

Fases do apagão
O periastro terá início em dia 23 de julho, quando os ventos de Eta Carinae A passam a dominar o sistema duplo e bloqueiam os ventos da estrela menor Eta Carinae B, soprando-os de volta à superfície. Essa fase deverá durar até 2 de agosto.
Entre 11 de agosto e 30 de setembro ocorrerá a fase do colapso dos ventos estelares, quando a emissão de ultravioleta produzida pelo hélio duplamente ionizado atingirá o seu pico no comprimento de onda de 4686 angstroms.

"Embora tenhamos proposto a existência de um colapso dos ventos, os detalhes desse mecanismo ainda precisam ser monitorados e explicados. Este é o objetivo principal do nosso estudo em 2014", disse Damineli.
Eta Carinae e suas explosões
Eta Carinae é um objeto gigantesco e distante. Não é possível de ser visto à vista desarmada, mas pode ser encontrada com auxílio de binóculo ou telescópio na constelação da Carina, situada ao lado do Cruzeiro do Sul.
Seu diâmetro é de cerca de 135 milhões de quilômetros e sua luminosidade chega a ser 5 milhões de vezes maior do que a do Sol. Quando entra no período de blecaute, deixa de emitir radiação no espectro de raios X, ultravioleta e ondas de rádio.
Estrelas muito grandes como Eta Carinae esgotam seu combustível muito rapidamente devido à sua grande massa e alta luminosidade. De acordo com os cientistas, Eta Carinae pode explodir como uma supernova ou hipernova a qualquer momento.
“Quando explodir, sua morte deverá produzir uma explosão de raios gama, o tipo de evento mais energético que ocorre no Universo”, afirma Damineli.
Há 170 anos, a megaestrela entrou em sua fase terminal. Desde então sofre grandes explosões e perde matéria da ordem de dezenas de massas solares, o que aumenta temporariamente seu brilho.
Em 1843, uma nova explosão fez a Eta Carinae brilhar 10 vezes mais que o habitual, rivalizando em intensidade com Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno. Algumas fontes afirmam que o brilho foi tão intenso que era possível ver Eta Carinae em pleno dia durante muitos meses, mas segundo o astrônomo brasileiro Alexandre Amorim, essa informação não consta nos principais catálogos oficiais de estrelas variáveis ou Atlas Celeste.

Veja o vídeo de Damineli explicando tudo!!

Elis Lopes!!!